quarta-feira, 4 de maio de 2011

PESADELOS REAIS EXISTEM...

No sábado as 08:05 hs da manhã o interfone tocou, era o pessoal da empresa que faria a mudança. Não estava animada para mudar...talvez por tudo que fossêmos passar...Deu vontade de não ir...Mas como...Estava tudo pronto que mudaríamos...Em seguida chegaram Preta, Arluza, Roberta, Ado e Arthur para nos ajudar!

Em instantes a casa ficou toda desorganizada, as pessoas foram distribuídas, um desmontando móveis,outro embrulhando as coisas, empacotando tudo...E quando a gente vai arrumando é que vai percebendo o tanto de coisas que a gente tem...Coisas que a gente guarda sem necessidade, outras que a gente acha que vai precisar e não precisa, enfim, a gente descobre que não há necessidade guardar muitas coisas inúteis...

A manhã passou numa velocidade imensa...Quando acabou de arrumar tudo para levar para o outro apartamento, as seis horas que havia combinado no contrato já havia passado...Aí, é claro, começa uma enrola total...eles já não tem tanta presa, afinal, recebe por horas trabalhadas...

Até o momento eu não havia conhecido o apartamento, só pelo site, era o que a gente estava precisando, três quartos com armários, armários na cozinha, o apartamento é novo, primeira locação. E depois de tanto tempo olhando outros e não tendo sucesso algum, eu disse por telefone com Amannda: É esse mesmo!".

Amannda foi com Arluza levar umas coisas no carro para não quebrar, coisas que tem que ser levadas mesmo. Quando cheguei no apartamento senti uma sensação horrível, Preta disse que olhou para mim e que eu estava em estado de "choque". E realmente fiquei na entrada do prédio sem querer entrar, já encontro Amannda assentada no sofá com a mão no queixo no rol de entrada, percebi que estava meio triste, meio que : "Será que estamos mesmo nos mudando para cá?!". Logo em seguida pensei, vou conhecer o apê. Tive coragem e subi. Não me encantei com nada em momento algum. Os quartos super pequenos, eu sei que não vamos encontrar apartamento do tamanho do que morávamos/moramos, porque é grande, espaçoso, então esse não seria o motivo da insatisfação, vontade de não permanecer...já se passava das 18:00 horas e não havíamos nem almoçado, nem lanchado, nem tomado água. Em seguida eu disse a Amannda: " Vamos voltar?" Ela disse: "vamos!". Preta disse também:" "vamos, e a gente aproveita que não já montou nada!". Sem falar nas 100 caixas espalhadas pelo chão. Arluza tentou nos acalmar, que a amiga dela morava pertinho e que não havia problema algum. Continuamos a arrumar as coisas...Mas sem nenhum entusiasmo de quem acaba de se mudar para uma casa nova. As 20:00 horas Arluza saiu para comprar comida para mim, Amannda, Thati, Roberta, Preta, Arthur e Ado. Ah, e para um moço da empresa da mudança que foi o único que não parou para fazer horário de almoço. Preta,Roberta e Arluza dando a maior força, e a gente acelerando para deixar muita coisa montada, arrumada porque no outro dia era aniversário de Arluza e tínhamos,claro, de estar presente...

As 23:00 horas, eu senti um dor no peito, um aperto muito grande, uma angústia...Chamei Amannda mais uma vez para voltarmos, e eu comecei a chorar...Amannda teve uma crise de choro também. Nesse tempo todo, eu procurava por Amannda e a encontrava deitada, quietinha, sem palavras...Eu dizendo o tempo todo: "Anime, não fique assim, comece a arrumar as coisas...ela começava a arrumar e em seguida, deitava novamente...Preta fez uma oração e pediu a Deus que se fosse para a gente permanecer, que aquietasse os nossos corações, mas que não fosse para permancer que mostrasse algum sinal...Eu tenho muita fé e acredito muuuuito no meu Deus poderoso. Então entramos no google para encontrar caminhão de mudanças que funcionasse 24 horas por dia. Fizemos vária ligações, não encontramos, começamos a ligar para as pessoas para saber se conhecia alguém, foi quando Thati e Roberta lembraram de seu Alair, um funcionário que trabalha na mesma empresa que elas. Mas quando elas conseguiram falar com seu Alair, já eram 00:10 horas, só mesmo seu Alair, que foi enviado por Deus para fazer isso. Já estava deitado, levantou e foi fazer a mudança para gente retornar. E o medo de seu Alair não chegar?!. Ligamos várias vezes, porque estava demorando a chegar, ele dizia que o carro não estava ligando. Aí pensamos e perguntamos para ele: " Seu Alair,o senhor vem mesmo, ou está com vergonha de dizer NÃO para nós?". Quando seu Alair chegou era 00:45 hs. Aí começamos a mudar...começamos a empacotar tudo novamente...Cansaço era pouco, sono não existia...só tensão, chateação, nervosismo...tristeza...Foi quando chegamos a conclusão de que PESADELOS EXITEM SIM!!! VIVEMOS UM PESADELO...As 4:37 hs da manhã deitamos...Mas não conseguimos dormir...O pessoal da mudança trabalhou até as 5:00 horas e combinamos que começaríamos as 8:00 horas da manhã. Acordamos (aliás, não dormimos), levantamos as 08:30 e começamos o PESADELO novamente. Forças já não tínhamos mais...Nos sentimos fracas em todos os sentidos...Aceleramos mais uma vez para dar um abraço em Arluza, afinal, todos os anos passamos juntas...O tempo passando...as coisas não saindo na intensidade que precisávamos...No meio a tantas caixas, sentávamos e chorávamos...limpávamos as lágrimas e continuavámos a arrumar as coisas...De vez em quando saia uma gargalhada, mesmo achando que nunca iria sorri do pesadelo que estávamos vivendo...

As 17:00 horas chegamos a conclusão de que não dava mais para ir ao aniversário, ainda faltava muita coisa...A todo instante ligávamos para Arluza que passáriamos para dar um abraço...Tristinhas...é claro!!!

Quando thati chegou, pois estava no Prado para receber as caixas, pedi para procurar uma outra pessoa para ajudar seu Alair, aí terminaríamos mais cedo...Foi quando seu Alair nos disse que estava indo embora porque era uma falta de respeito enorme contratar outra pessoa, se ele estava ali desde a madrugada anterior, e queria ir embora de qualquer jeito...Foi quando pensei: " Agora eu desisto juntamente com seu Alair"! Foi um luta convencê-lo e acabamos descobrindo que ele estava com ciúme do outro. Pedimos desculpas ao que havíamos contratado, e continuamos a nossa luta incansável...

Entre uma ida e outro, conseguimos passar em Arluza para dar um abraço, mas chateadas, cansadas, tristes...por tudo o que aconteceu e por não ter conseguido passar o aniversário com ela, afinal, somo peças fundamentais...Voltamos para casa, com a casa toda desmontada, sem saber onde estava nada, e questionando que para uma mudança tem que passar por uma provação tão grande?!

Estamos novamente no Prado, decidimos que vamos permanecer aqui...e por algum tempo eu não quero saber de olhar apartamento, não quero saber de caminhão de mudanças...

No final de tudo, eu digo que pesadelos reais existem e nós o vivemos num final de semana. No momento estamos colocando as coisas nos lugares e isso requer um tempo e um desgaste também!!!

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