sábado, 14 de julho de 2012

ARRUMANDO...

Adiei,adiei, adiei não porque quis, mas tenho vivido tudo tão corrido nesses últimos dias, que não tive tempo mesmo de arrumar o meu armário, já que sou organizada e gosto de tudo nos seus devidos lugares. Mas hoje, não tive como não arrumar...Arrumei lentamente, hoje, não tive pressa de terminar rapidamente, e ainda ficou uma parte para depois, exercitando o espírito da espera. Muitas vezes, a vida nos impõe situações inesperadas, que somos "obrigados" a deixar tudo o que estávamos fazendo...e nos deixa a esperar...Ás vezes, por um tempo curto, longo ou indeterminado...Talvez, para nos mostrar de alguma forma que saber esperar, é necessário, é preciso...Que somos limitados...
Hoje, pela primeira vez, senti uma nostalgia arrumando o meu armário. Lembrei-me do dia em que comprei cada peça, para qual ocasião, em qual loja, quem estava comigo, lembrei de tudo...Foi como se tivesse comprado todas as peças hoje, do tanto que foi nostálgico...Algumas peças foram muito bem vindas, outras nem tanto, outras compradas por impulso que não cheguei a usar, mas que estou doando também!
Cada peça tem o seu valor, sem desapego, não sou apegada a nada, nada é nosso. Outro dia, assistindo ao programa da Cissa Guimarães no GNT ( Andar com fé eu vou que a fé não costuma faiá!), eu escutei um depoimento de uma sra, com uma história de vida sofrida, mas de bem com a vida, pois havia perdido três filhos e ela disse o seguinte: _" A gente não tem nada, nada é nosso, Deus somente empresta pra gente tudo o que ELE acha que deve emprestar, até o tempo DELE." Pura verdade! A gente vai embora e deixa tudo aqui...É claro que é muito bom poder usufruir de uma moradia bacana, ter um carro de luxo, poder entrar numa loja e comprar o que quiser, poder ter uma alimentação saudável...Tudo isso é muito bem vindo...Mas o que quero dizer, juntamente, com a Sra acima citada, é que nada nos "pertence", nem casa, nem pessoas, nem amores, nem roupas, nem emprego, nem carro. Temos apenas para viver enquanto estivermos por aqui. Praticar o desapego é imprescindível, porque, quando chegar o momento de deixarmos, não sofreremos tanto, apenas agradecemos imensamente por ter tido o privilégio de usufruir de coisas e pessoas tão importantes, mas que não eram nossos...

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