terça-feira, 7 de agosto de 2012

DIA DA ALTA MÉDICA

Hoje foi o dia da revisão médica da mamis. Saí do serviço e fui um pouco mais cedo para esperá-la! Estava um pouco apreensiva, mas quando cheguei ao Hospital, percebi que estava mais apreensiva do que imaginava. Na verdade, eu acho que o Madre Tereza sempre irá me remeter a muitas coisas que ali vivi,que ali passei, que ali chorei, que ali me entristeci, que ali agradeci imensamente, e que me alegrei também! Eu tenho uma facilidade muito grande de esquecer tudo o que não me fez bem...Tudo o que me maltratou, enfim, levo na minha bagagem somente o que é bom eternizar. Mas há fatos doloridos que demora mais um pouquinho, porque quero levar comigo sempre as lembranças de coisas e fatos bons que vivi...Fui andando devagarinho ( pela primeira vez na vida, não estava atrasada...Rs), passei pela Capela e lembrei-me do dia que todos nós fomos á missa pedi mais de pertinho, porque temos um Deus vivo dentro de nós, que Deus operasse mamis com bastante carinho, afinal,os médicos são apenas instrumentos usados por Deus! Nesse dia, estávamos tão apreensivos, desesperados, que deixamos mamis no PA sozinha, na volta foi que percebemos. Fui passando pelo PA,aí veio todas as lembranças: noites em claro, nervosismo, falta de respeito por parte dos profissionais de saúde e todo o material humano, tratamento desumano mesmo,até pelas Madres, que muito me fez repensar em Madres, que não tem um tratamento holístico com paciente nenhum, falta de dignidade com os pacientes, falta de estrutura. O cuidado voltado para a enfermagem ( a Faculdade me ensinou e eu absorvi!), engloba o processo de saúde, de adoecimento, de invalidez, de empobrecimento, pois ele busca promover, manter ou recuperar a dignidade e a totalidade humana. Infelizmente nada acima citado é aplicado aos profissionais do Hospital Madre Tereza. Fica aqui a minha revolta e a minha tristeza. Há única estrutura que existia no PA, foram as pacientes que ali conheci e gostei! conheci D. Suaade, Zenite, D.Nelda e Auxiliadora, essa última me fez repensar também que muitas pessoas não são cuidadas pela família e nem todas as pessoas têm acesso ao amor. D. Suaade, é uma fofa, e ainda deu-me o privilégio de conhecer e conviver com Amira (adoro!) e Summaia também ( encantadora!). Pessoas essas que precisavam de cuidado, mas que também cuidavam. Olhavam para nós com um olhar carinhoso, de amor, mas de carência também! Quem não fica sensibilizado, quem não fica carente quando está doente? Fui passando também pela portaria 3 para chegar no consultório aonde mamis seria atendida, a entrada ao lado dá entrada para aonde ela ficou em observação. Aí foi pior. Percebi, que estava muito emotiva. Não contive as lágrimas. Imediatamente, me contive. Mamis estava para chegar e eu tinha que estar bem para esperá-la, para conversar com o médico e tirar todas as dúvidas que uma pós operada precisa saber: por quanto tempo tem que fazer fisioterapia, oscilação da PA, dormência nas pernas quando fica sentada, enfim, várias dúvidas, que precisavam ser esclarecidas. Quando mamis chegou, encontrei-a com uma carinha boa, não parecia que havia passado por uma artroplastia ( prótese no fêmur), só se notava que havia algo nos MMIDs porque estava de cadeira de roda. Isso já me animou bastante.
Chegando ao consultório, tivemos uma excelente receptividade pelo Dr. Lincoln! O médico que a operou! Fino, educado, atencioso, excelente profissional, competente, médico por amor e não por dinheiro. Retornou todas as minhas ligações, respondeu todas as mensagens, respondeu todos os meus e-mails, portanto, fica aqui, o meu enorme agradecimento. Obrigada Dr. Lincoln, por cuidar tão bem da minha amada. Pra ser precisa foi o único profissional que merece ser grata, no mais, não tenho boas referências. O hospital não faz jus ao nome: Madre Tereza de Calcutá.Passamos pelo médico, a avaliação foi ótima, graças a Deus está tudo bem, a evolução tá boa, enfim, ela está "liberada" para retornar para Rubim!
Obrigada por tudo Senhor!!!
Amém!!!



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